quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O OTÁRIO PERFEITO



(Sérgio Lisboa)
Steve Jobs, fundador da Apple, Next e Pixar, ícones empresariais do mundo capitalista fez um discurso em 2005 na formatura da Universidade de Stanford, uma das mais conceituadas e caras do mundo, berço dos maiores líderes empresariais do planeta, vídeo este que, misteriosamente, voltou com força neste ano na internet.

Ele, com cinquenta e poucos anos poderia transmitir cinquenta e poucas lições que aprendeu em sua vida. Mas como uma das figuras mais ricas do planeta, além de ser uma das figuras mais inteligentes e criativas deste mesmo planeta, disse que não tinha lições para passar, apenas três histórias para contar. Antes disso, fez questão de frisar que estava como convidado especial na formatura mais cobiçada do mundo, mas que nunca havia se formado na vida e aquele momento era o mais próximo que já tinha chegado de uma formatura. Um dos homens mais ricos do mundo e um dos mais brilhantes (Aqui no Brasil um palestrante motivacional que não tiver quinze faculdades perde terreno em suas contratações).

A primeira história é sobre ligar os pontos, onde defende que você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa - sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca o decepcionou e tem feito toda a diferença para ele.

A segunda história é sobre amor e perda, em que lembra que, às vezes, a vida bate com um tijolo em nossas cabeças e que não devemos perder a fé. A única coisa que permite seguir adiante é o amor pelo que se faz. Você tem que descobrir o que ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.
Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.

A terceira história é sobre a morte, onde Steve pergunta: Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje? ”Se a resposta é “não” por muitos dias seguidos é preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estaremos mortos em breve é a ferramenta mais importante que teremos para ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é importante. Não há razão para não seguir o seu coração.
Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém.
Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas.
Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior.
E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.
“Continue com fome, continue bobo.”

Temos que continuar bobos para acreditar em nossos sonhos, não para repetirmos as expectativas das outras pessoas, nem vir a este mundo como otários perfeitos, ricos ou pobres, sem idéias próprias, apenas sendo fantoches de uma sociedade que já nem sabe mais quem está manipulando o boneco.

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