sábado, 15 de novembro de 2008

POSSO PAGAR A CONTA?

(Sérgio Lisboa)
No dia 24 de outubro, uma pessoa resolveu encerrar a sua conta bancária e fazer um acerto com um saldo devedor que tinha ficado. O Banco respondeu que ela não podia encerrar a sua conta. Primeiro tinha que pagar o que devia para somente após encerrá-la. Enquanto isso os juros iriam se avolumar.

O dia 24 de outubro já está definitivamente marcado para a humanidade como um dia cataclísmico, pois foi exatamente em vinte e quatro de outubro de 1929, há setenta e nove anos, que o mundo sofreu a maior crise econômica de sua história. Uma característica marcante que contribuiu tanto para a crise de 1929 quanto a de 2008 foi, entre tantos, a desigualdade na distribuição de renda, levando os detentores do capital à especulação financeira, além do liberalismo econômico tão apregoado pelos capitalistas como a única forma de sucesso econômico, plenitude de vida e modernidade. Não custa lembrar que o mundo capitalista só recuperou-se mesmo da crise de 1929, com a II Guerra Mundial. Espero que eles na leiam este artigo.

Aqui no Brasil, o Ministro da Fazenda Guido Mantega, por sua vez, está preocupado com a inércia dos países ricos com relação à crise e espera ansioso por uma definição de regras claras ou de uma intervenção divina dos poderosos para que, segundo ele, esta recessão não se transforme em depressão. Alguém precisa dizer para ele que recessão é o que enfrentamos diariamente enquanto depressão é o que sentimos permanentemente.
Enquanto os outros países estão enxugando suas casas após o Tsunami, o Brasil vai visitar os vizinhos para saber o que deve fazer, enquanto seus próprios móveis estão boiando pela sala de estar.

O Brasil é um dos poucos países que não forneceu nenhum socorro monetário para a classe média, diferente de outros países como os próprios EUA e a China. Estes últimos, além de socorrerem seus bancos forneceram um incremento para o consumo da população. O Brasil fez só a parte fácil da lição de casa: deu socorro apenas aos bancos.

Tanto em 1929 como agora, somos nós, através dos poderes públicos que manteremos de pé bancos quebrados, com a perda de milhares de milhões de dólares. Tudo o que pedimos é que de vez em quando os bancos nos deixem encerrar a nossa própria conta.

OBAMA BIN LADEN?



(Sérgio Lisboa)
Falar mal do Presidente americano George Bush é um passatempo mundial, quiçá interplanetário. Isso mesmo! Não é de se duvidar que essas sondas espaciais já não tenham achado pichações em rochas nas partes escuras de outros planetas com a inscrição “Fora Bush”, obviamente negadas e deletadas pelo governo americano.
Eu nunca vi e acho que ninguém nunca viu alguém em uma mesa de bar ou numa roda de amigos defendendo o Presidente Bush. Quem se atrever a fazer isto deve estar de mal com a vida ou quer chamar a atenção das pessoas com uma irreverência quase doentia usando do contraditório só pelo prazer de ser diferente.

Já Barack Obama é tudo de bom! A reencarnação de Jesus Cristo para alguns; o próprio criador disfarçado para outros.
Assim como a esmagadora maioria das pessoas, não aprovo as coisas que Bush faz nem tenho procuração para defendê-lo e não estou nem aí para ele, até porque não é nem parente da minha diarista.
A única coisa que me chamou a atenção desde o início da cobertura das eleições presidenciais americanas foi a semelhança do nome do candidato democrata Barack Hussein Obama com o inimigo número um dos Estados Unidos, Osama Bin Laden, sem falar que seu nome do meio é Hussein, mesmo nome de Saddan, que estava em primeiro lugar no ranking dos inimigos dos EUA, recentemente.
A semelhança entre as nomenclaturas é que me faz pensar, bem como a proximidade dele com as raízes dos inimigos americanos. Sem falar que Obama tem como seu vice-presidente alguém que se chama Joseph Biden.

Barack Hussein Obama é filho de um queniano e viveu grande parte de sua infância na Indonésia, maior país islâmico do planeta. Inclusive no início do ano a rede de tevê NBC ao trazer uma matéria sobre Barack Obama ostentava, ao fundo, a foto do Osama Bin Laden. Foi um corre-corre dos diabos e pedidos de desculpas no ar dos apresentadores do noticiário.
Para um país forte como os EUA, sendo a maior vitrine política e econômica mundial, que sempre levou a sério superstições, ter esses pesadelos como coincidências deve ser motivo de preocupação. Para os eleitores de Barack Obama que foram em sua maioria imigrantes, desfavorecidos e excluídos, até o próprio Osama Bin Laden talvez tivesse sido eleito, ainda mais se a disputa fosse com um candidato apoiado por Bush. Aliás, Bin Laden só não concorreu à presidência americana porque seu passaporte não ficou pronto a tempo e o antigo ele tinha deixado dentro de um carro-bomba, recentemente.

Pensando bem o nome do cara não tem nada a ver com a sua ideologia ou com a sua postura como homem público e cidadão e o seu nome pode ser até Mickey Mouse ou Mexilhão da Silva, desde que ele não seja manipulado como um boneco da Disney ou tenha um cérebro igual à de um molusco. O que vale mesmo é a sua boa atuação como governante.

Aqui no Brasil, o país da alegria e da irreverência, o nome do presidente não importa muito. O que importa para nós é sua postura... no palco. Eu sugiro até um nome para o próximo presidente do Brasil: Frank Sinatra da Silva.