quinta-feira, 19 de junho de 2008

EU, ROUBÔ

“The Trons” é uma banda de rock da Nova Zelândia, formada por robôs. Eles têm até um vídeo-clipe, cujo nome da música é "Sister Robot". Possuem também, até página na internet, que define o seu estilo como de influências do Velvet Underground e Yo La Tengo.

Os músicos-robôs são um tanto arredios com os fãs, mas seus empresários garantem que não é estrelismo e sim, que eles, por natureza, evitam relacionamentos mais sentimentais.

O que não difere muito dos roqueiros de carne e osso. O único problema é que a música, embora um tanto sem vida e muito repetitiva, ainda assim é muito melhor que muito banda por aí. No clipe, o tecladista com o rosto de um alto-falante, está vestido com uma camisa branca e uma gravata. E só. O guitarrista é um porta-casacos e seu rosto também é um alto-falante.

Eles não são robôs inteiros, com braços e pernas, como um boneco gigante, possuindo apenas um alto falante e alguns dedos metálicos, tanto para o teclado, quanto para a guitarra e a bateria toca sozinha. Mas mesmo assim a fábrica de mitos que o imaginário associado ao capitalismo industrial conseguem produzir, já elegeu o vocalista da banda, como os olhos mais lindos do cenário pop e o bumbum do tecladista o maior objeto de cobiça da última revista People.

Já foram flagrados em festas que são verdadeiros bacanais onde rola de tudo, desde jovens modelos de ipod e Mp7, até prostitutas mais experientes, tipo Windons 98, incluindo sessões de consumo de drogas mais pesadas como pó de silício e injeções de laser em seus circuitos.

Já há rumores, de um de seus integrantes, até de ter um caso com a própria placa-mãe, o que foi veemente desmentido pelos empresários.

Outro escândalo que não está sendo fácil desmentir é o do baixista que após anos de casamento com uma geladeira, não agüentando mais a sua frieza, resolveu ficar com alguém “mais quente” e tem sido visto freqüentemente aos beijos com um aquecedor. Por enquanto são apenas boatos.

Esse grupo estava pensando numa turnê para fazer shows aqui no Brasil, mas por enquanto, não tem nada confirmado, até mesmo porque as “raves” com seus sons “tecno” e as festas “funks” já são embaladas por robôs há muito tempo. Dizem as más línguas que até seus freqüentadores, com o tempo, estão todos se “robotizando”.

Talvez o melhor para eles conseguirem sucesso mais rápido por aqui, seja aproveitando o ano eleitoral e ser contratado para showmícios, até porque é a forma mais coerente do candidato tentar demonstrar uma emoção um pouco maior do que o artista.

Mas isso não é garantido.

Sérgio Lisboa.