No imaginário popular a idéia de paraíso é como aquele cenário dos “telletubbies”: Campos verdes, muitas flores, pássaros e coelhos passeando e seres alegres e saltitantes andando de mãos dadas como verdadeiros amiguinhos.
Uma vida linda, sem assaltos, sem Faustão, sem cólicas e sem imposto de renda.
Os nascimentos e as mortes surgindo à nossa frente com uma naturalidade sublime.
Você deve estar se perguntando, como assim nascimento e morte? Claro! Estamos falando de um paraíso aqui na terra, enquanto estamos vivos. Um cenário ideal de perfeita harmonia entre os homens e entre a natureza. Não o paraíso religioso onde não existem mais dor nem morte. O paraíso da boa vontade entre os homens e em vida.
(Eu só nunca entendi porque os “teletubbies” moram em iglus se lá é sempre primavera).
Outros dirão que não é esse paraíso que eles imaginam para si. O que eles queriam era um shopping center ao lado da casa deles, um carro com motorista nem que seja só para sair de uma garagem e entrar na outra e muita gente pobre e ordeira em volta dele, para morrerem de inveja de tudo o que ele tem e, ainda assim, não lhe arrancarem nada.
Um terceiro mais comedido e mais justo diria que o cenário ideal de um paraíso seria todos terem acesso a tudo o que gostariam e não faltasse nada para ninguém.
Desde que não quisessem ter bombas atômicas, pois para isso seria necessário algumas regras que seriam cobradas por...sei lá! Seria criado um órgão para definir e cobrar essas regras (olha o perigo aí, gente!)
Realmente não é fácil. Se definir o que é o paraíso já é difícil, o que dirá concretizá-lo. Mesmo assim, a gente não deve desistir da idéia de uma vida plena, com igualdade de direitos, sem necessidades não atendidas, sem sofrimentos, sem medos, sem ansiedades, sem programas de auditórios e sem campanhas políticas.
Como o meu paraíso ideal é parecido com o cenário dos teletubbies, vou treinando, desde já, a cumprimentar alguém quando chego e quando me vou, fazendo mais ou menos assim: Ooiii!! Tchaauuu!!
O duro desse meu paraíso é ter que dar aqueles pulinhos que eles dão. O resto é fácil.
Sérgio Lisboa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário